Saíram novas regras para o financiamento de imóveis populares. Na semana passada, o 'Bom Dia Brasil' mostrou que, sem infraestrutura, o crédito não era liberado. Imóveis em ruas sem asfalto voltam a ser financiados pelo programa “Minha casa, minha vida”, pelo menos, até o dia 30 de junho – isso apenas se o imóvel já estiver concluído.
A decisão do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal de parar com o financiamento de casas construídas em ruas sem infraestrutura básica provocou muita reclamação de empreendedores, que ficaram com imóveis encalhados, e de quem queria comprar esses imóveis. Agora, todos ganharam um tempo para se adaptar à exigência.
A casa era nova, pronta e com comprador interessado, mas estava difícil de fechar negócio.
“O problema era igual para todos, porque eu não posso vender e a pessoa não pode comprar. A pessoa visa assim: é a oportunidade que eu tenho, do meu sonho, de comprar minha casa, eu estou contemplado com uma carta de crédito, mas não vou poder comprar, porque a cidade não tem asfalto”, comentou o construtor Ivan Luiz de Souza e Silva.
A Caixa Econômica Federal não financiava mais a compra de imóveis em ruas sem pavimentação, mas resolveu fazer uma nova regra. A partir de hoje, quem estiver interessado nessas casas pode voltar a pedir o empréstimo.
O dinheiro só será liberado com algumas condições: o endereço tem de ter ruas de acesso. Um técnico da Caixa precisa confirmar que o imóvel tem qualidade e segurança. Os compradores vão receber uma cartilha com orientação e precisam assinar uma declaração confirmando que têm conhecimento da falta de infraestrutura na rua onde pretendem morar. O financiamento só vale para imóveis novos, já prontos, O pedido de financiamento só pode ser protocolado nas agências da Caixa até o dia 30 de junho deste ano.
A regra de transição foi anunciada depois que empresários que construíram casas populares com o próprio dinheiro reclamaram. Eles pararam obras e alguns até demitiram funcionários porque, com a exigência do asfalto, os imóveis ficariam mais caros e mais difíceis de vender.
O construtor Helano Nóbrega foi um dos empreendedores que ficaram com contratos suspensos. Agora ele está mais aliviado. “Os construtores vão estar muito mais preocupados e muito mais ligados na questão da infraestrutura. As prefeituras também vão trabalhar em conjunto, e a gente tem um tempo para se adaptar”, comentou.
Após o dia 30 de junho, a Caixa Econômica Federal informa que poderá adotar regras diferenciadas, de acordo com a região ou o tamanho do município. Agora exigir segurança e infraestrutura básica é o mínimo que o morador deve exigir do governo e de um imóvel financiado pelo governo.
Fonte: Bom Dia Brasil
O que ainda me deixa preocupada!
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